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Narcisismo: A parte narcísica em cada um de nós

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Convido você com este artigo a ter um olhar diferente sobre o narcisismo. É um fato que cada um de nós tem um pouco de narcisismo embora admitir isso não seja agradável.


Podemos perceber esse tal de narcisismo em nossos relacionamentos quando eles são sobrecarregados por questões de autoestima e excesso de idealizações.


Sabe quando alguém está apaixonado e não consegue ver nada de errado no outro? É a nossa parte narcisista que não permite ver o lado não tão bom da outra pessoa.


As dificuldades em expressar o que sentimos de forma genuína sem ter vergonha, também é o narcisismo em ação.


O grande problema é que o narcisismo afeta a nossa capacidade de amar. Pouco a pouco, essa capacidade fica atrofiada porque os motivos por nossas relações contém de maneira inconsciente o suporte para a autoestima, afirmação, admiração e até mesmo aprovação.


Ainda que a necessidade que temos de estar com determinadas pessoas queridas sejam grande, conseguimos expressar essa necessidade de forma superficial. Por vezes, as pessoas com as quais convivemos podem ficar confusas e até em dúvida sobre o que sentimos sobre elas.


Compreender que o outro é o outro e, tem os seus valores, suas crenças e seus princípios é parte do processo de superação da parte narcisista.


Podemos encontrar na infância, as vezes, parte das questões narcísicas não resolvidas, como por exemplo, as crianças que são amadas apenas quando cooperam com os objetivos narcisistas de um dos genitores. Nesse caso, as crianças se tornam extensões narcisistas e todas as suas necessidades como indivíduos únicos são ignoradas pelos genitores.


No momento em que decidimos desenvolver o autoconhecimento, a parte narcisista começa a diminuir, porque passamos a reconhecer as nossas fragilidades.


O medo de desmoronar ou perder a autoestima é substituído por tonar-se alguém. Alguém que sente gratidão e que não evita sentir e tomar atitudes que expressem a consciência da real necessidade de estar com o outro.


Para que Narciso seja salvo precisa se autoconhecer e, tornar o outro visível como uma pessoa real.


Cinthia Marco, Psicanalista Clínica



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